Recebida na Reitoria da UA, a delegação da República Popular da China em Portugal e o Reitor Manuel António Assunção exploraram possibilidades de cooperação ao nível da investigação e intercâmbio de professores e alunos.
Com mais de três décadas de relações, o alicerce primordial na ponte que liga a UA à China foi cimentado nos anos 80 quando o então Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro (hoje Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica) acolheu vários investigadores chineses. A chegada dos cientistas dava-se então ao abrigo do esforço de internacionalização que a UA iniciou logo após a adesão de Portugal à CEE, altura em que a academia olhou para a China e percebeu que, face às respetivas transformações sociais e económicas em curso, havia todo um potencial de cooperação por explorar naquele país asiático.
Se os Materiais deram um primeiro impulso ao abraço entre a UA e a China, um gesto que extravasou de forma mais visível para o ensino das línguas, para a área do Turismo e para os Estudos Asiáticos, este foi igualmente aproveitado pela academia para o consolidar noutros domínios científicos, do ambiente às telecomunicações, passando pelas ciências da Terra. E porque é através da língua que nos entendemos, as estruturas pedagógicas da UA, nos últimos anos, têm feito uma forte aposta quer no ensino do mandarim aos respetivos estudantes e comunidade em geral, quer no ensino do português a estudantes chineses.
A aposta no ensino da língua e cultura chinesa pela Academia resultou, em 2015, na inauguração do Instituto Confúcio da UA cuja delegação de Cai Run visitou. Assegurar o ensino de chinês a todos os níveis e particularmente em escolas de ensino secundário, em colaboração com o Ministério da Educação e Ciência, é um dos principais objetivos do Instituto Confúcio da academia de Aveiro que, para isso, se assume como um centro de formação contínua de docentes portugueses de língua chinesa.